Op. 69, nº1

Como Leonora Carrington,

extraio minhas cores dos pulsos.

Índigo, viscoso,

retrato de lua e prata.

Sou uma coruja alquimista.

Em alguma curva do tempo,

eu me deito, escondida

Trapezistas, amores perdidos

— meu mundo é repleto

E rico como

aquarela que se dissolve.

Bailarinas, julietas,

olhares trocam carícias

Digo sim ao eterno,

deus não me intimida.

Catharina Azevedo nasceu em Salvador, em 1997, e é a segunda das três filhas de sua mãe. Cursa atualmente o Bacharelado Interdisciplinar em Artes, na Universidade Federal da Bahia. Gosta de ler e de escrever desde sempre, isto é, desde que começou a entender o que eram as letras e como elas permitiam a contação de histórias. “deixe o bando correr selvagem” (Mormaço Editorial, 2022) é seu primeiro livro de poemas.

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